sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ser Criança


Estava hoje pela manhã me lembrando da infância e das aventuras que vivi nessa época. Tantas brincadeiras, tantos amigos e, muitas vezes tantas traquinagens.
Engraçado de quando a gente é criança é que movido pelo entusiasmo dos amigos provocamos situações muitas vezes complicadas e que sempre acabam nos ouvidos dos nossos pais.
Interessante é que sabemos que vamos pagar pelo que fizemos mas também temos uma certeza que é inexplicável que os nosso pais não vão deixar de nos amar por causa do que fizemos. Sabemos que vamos levar uma bronca mas algo no coração nos diz que o amor que eles tem por nós não vai diminuir. Creio que algum de vocês já pode ter presenciado uma mãe que dá uma bronca no filho pequeno e ele chora mas se a mãe estender os braços ele vai ao encontro. Assim é o amor entre pais e filhos e filhos e pais, incomparável. O amor de um pai vai além do inexplicável, o pai ama o filho mesmo ainda quando ele não deixou sua marca na vida. Um pai aposta todas as suas fichas no filho e mesmo que ele esteja no fundo do poço, um pai está lá perto esperando ele se reerguer. Ser pai é algo sobrenatural, está além do nosso entendimento humano, é um amor incondicional.

Certa vez sentado com seus amigos, Jesus disse a eles que se eles quisessem verdadeiramente fazer parte da caminhada com Deus, eles teriam que ser como uma criança, ter um coração humilde como uma criança tem.
Em contraste com que se vivia na época em relação a Deus, Jesus vem dizer que não precisa ser religioso, ter uma máscara para estar ligado a Deus. A humildade de uma criança é a base que o coração necessita para iniciar a caminhada, o relacionamento.

Esse coração de criança entra em contraste com o coração do fariseu, do religioso. A criança naturalmente expressa as suas emoções, o fariseu as reprime. Compartilhar suas experiências é um sinal que o Espírito de Deus está atuando na sua vida.
Quando não escutamos ou não falamos dos sentimentos estamos desprezando essa ação do Espírito na nossa vida, no nosso contexto.
Jesus escutou as pessoas, chorou com eles e falou sobre o seu coração, sobre o que sentia.

Muitas vezes queremos ver um Jesus triunfante que vem ao nosso encontro e resolve tudo que queremos e acabamos esquecendo e ofuscando que a maior prova do amor de Deus em Jesus foi mostrar pra gente que ele era gente. Que ele sofreu, sentiu frio, teve fome, sede, calor. Jesus era gente como a gente e isso é incrível, um Deus que se faz gente por amor a todos nós.

Assim como um pai ama seu filho independente do que ele virá a ser na vida, assim Deus nos ama independente de onde estamos nessa caminhada. Independente se você está no fundo do poço ou se é um líder que tem inspirado muitas vidas pelo caminho de Cristo.

Deus nos ama assim, como um pai ama uma criança.

O convite é para que possamos entender que quando nos relacionamos com Deus, não estará nunca em questão o que somos ou que fazemos. Deus está focado no que somos pra Ele, no nosso coração e no nosso desejo verdadeiro de amá-lo como um filho ama seu pai.

Buechner disse:

“Somos crianças, talvez, no exato momento em que sabemos que é na qualidade de crianças que Deus nos ama – não porque tenhamos merecido seu amor, nem apesar de nossa indignidade; não porque tenhamos tentado, nem porque reconhecemos a inutilidade das nossas tentativas; mas simplesmente porque Ele escolheu nos amar. Somo crianças porque ele é nosso Pai; e todos os nossos esforços, frutíferos e infrutíferos, de fazer bem, de falar a verdade, de entender, são os esforços de crianças que, uma vez que, antes de o amarmos, ele nos amou, como filhos, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor.”


Quero estar nos braços do PAPAI em todos os momentos da minha vida. Tanto na alegria como nos momentos tristes. Sou DELE e vivo por ELE!

Boas Ondas,

Carlos Bezerra

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