segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Os passos práticos da ação missionária

ABUB




Aqui estão alguns passos práticos na ação missionária da igreja e seu povo:

a) Oração

A nível internacional o trabalho estudantil recebeu muitos impulsos do despertar missionário no século passado para manter vivo o chamado missionário tanto no exterior quanto no ministério nacional. O começo da ABU inglesa foi o compromisso missionário que em 1884 resultou na dedicação "dos sete de Cambridge" à obra missionária na China. Logo depois, mais candidatos se vincularam ao trabalho para ampliar o Reino universal. Ao todo 100 recém-formados do grupo da ABU de Cambridge entraram na equipe missionária naquela época 1881-1894. Ao mesmo tempo um terço, até mesmo a metade, de todos os estudantes do grupão formaram células de oração para interceder por seus amigos que tinham saído. Em geral oraram bastante pelo desafio missionário.

Oração não muda tudo de uma vez só, mas a longo prazo tem grandes efeitos e é a base de qualquer ministério estudantil evangélico. Também não é uma questão de fazer um esforço específico, e sim, de orar fielmente e regularmente. Um exemplo atual seria dedicar alguns momentos, cada vez que seu grupo se reunir, à intercessão pelo Marcos Augusto em Moçambique (até março de 2001). Orem também pelo trabalho estudantil desse país.

Outra sugestão poderia ser escolher um grupo local de um certo país da América Latina, por exemplo, e, entrar em contato com ele para assumir um compromisso de oração.

Quando o Senhor apresentou os desafios missionários para as multidões, Ele não começou a chamar obreiros, e sim lhes pediu para orar pelo levantamento de pessoas dispostas a sair, Mt 9:35-38. Quem começar a orar dessa forma pode ser a pessoa que Deus quer mandar. Ninguém sabe! Todavia, a oração pela obra missionária muda a mente do intercessor, já que ele se torna cada vez mais consciente da visão universal.

A oração também era a coluna básica na vida da congregação de Antioquia. Todos os membros da igreja se reuniam para fazer oração por seus missionários na hora de se despedirem dos irmãos. Durante a ausência de Paulo e Barnabé, a igreja continuava a orar pelo ministério deles. Assim se manteve vivo o chamado missionário da congregação. E ela, depois da volta dos dois do campo missionário, passou muito tempo tendo comunhão pessoal com eles, Atos 14:26-28.

b) O contato pessoal com os missionários

O apoio mais importante em relação aos missionários é nossa oração. Mas facilmente acabamos por só orar, pensando que já fazemos nossa parte. Todavia os missionários são seres humanos com sentimentos iguais aos nossos que precisam ser estimulados através do nosso amor. Nenhuma amizade existe sem receber provas do amor e da afeição da outra parte. Assim também os missionários precisam sentir o vínculo vivos entre eles e as igrejas que os mandaram para o campo missionário

Até o apóstolo Paulo tinha essa saudade dos amigos que ele tinha deixado atrás. Na carta aos romanos ele abre seu coração, até duas vezes, a respeito do seu amor pelos irmãos romanos e sua saudade deles e de poderem compartilhar mutualmente suas vidas e suas experiências, ler Rm 1:11-13 e 15:23-29. 1 Co 16:17-18 nos mostra como foi bom para o apóstolo receber as notícias dos coríntios através de Estéfanas, Fortunato e de Acaico. O que ele ouviu falar, o animou a continuar seu ministério. Da mesma forma podemos encorajar nosso missionário em Moçambique, embora não seja possível através da nossa presença física. Uma pequena carta, falando sobre nosso grupo da ABU, sobre nossas vidas e sobre o Brasil, vai criar muita alegria no coração dele. Em geral: "Missionários são viciados em cartas". Para nós é fácil e rápido mandar nossa saudação. Para eles importa tudo, porque pequenas coisas tem grandes efeitos na vida deles.

Lembrem-se também dos obreiros nacionais na intercessão e comunicação de vocês. Missionários urbanos também enfrentam muitas dificuldades. Vocês tem mantido contato regular com alguns deles?

c) Estudantes estrangeiros

No caso de um estudante, a forma mais óbvia, e também mais fácil, de se envolver praticamente na obra missionária, com relação ao exterior, e de obter conhecimento de culturas estrangeiras, é procurar amizades com estudantes de países africanos e de outros países latino-americanos. Hoje em dia há muitas mudanças internacionais. A estratégia missionária deve levar a sério que essas pessoas são muito abertas para pensar de uma forma cristã, porque estão passando por uma época de frustrações e de falta de vínculos íntimos com parentes e amigos. Por isso procuram relacionamentos humanos no novo país.

A Bíblia fala muito sobre nossas obrigações de recebê-los e levá-los a Cristo. Para quem se interessar, queria somente chamar atenção para 1 Rei 8:41-43 e Atos 2, 8, 9 . Todos esses textos apresentam o desafio missionário de alcançar os estrangeiros com o evangelho (observe, que até o apóstolo Paulo se converteu fora da sua terra).

A ABU envolveu-se num projeto com estudantes estrangeiros ao oferecer bolsa de manutenção a alguns estudantes cristãos da Guiné Bissau, que vieram estudar no Brasil. Um deles, Benjamin Lomba, que chegou no Brasil em 1982, estudou administração na PUC de São Paulo. Recebeu também treinamento teológico, visando um futuro ministério na sua terra, inclusive entre estudantes. Já recebemos também estudantes angolanos, ajudando-lhes a se formarem e se vincularem com igrejas aqui.

Não existe melhor formação de um candidato missionário do que a convivência com pessoas de outras culturas, que podem abrir os olhos deles para a riqueza da faculdade criadora de Deus ao ter formado todas as culturas de uma forma diferente.

A longo prazo, os missionários mais "eficazes" são aqueles que se converteram no exterior e depois voltaram para sua terra para ministrar seu povo ao lhe levar a palavra de Deus. Não têm que vencer a barreira lingüística e cultural, porque são familiares com a língua e os costumes do lugar onde estão servindo. Esse é, por exemplo, o caso do boliviano Marcelo, que se converteu aqui no Brasil, e hoje trabalha com estudantes bolivianos.

d) Doações

Ao estudar a história da igreja primitiva e das novas congregações do campo missionário daquela época, temos impressão de que elas viviam uma das pelas outras e por missões, dando-se inteiramente à obra do Reino, até mesmo os seus bens pessoais. Tudo que tinham, eram pela benção do Senhor. Por isso consideravam suas propriedades, que eram poucas porque eram igrejas pobres, como sendo emprestadas por Deus para serem administradas conforme a vontade dEle e conforme as necessidades do Reino dentro e fora do seu país. O encorajamento de Paulo às igrejas daquela época para contribuírem com seu dinheiro à obra missionária, que assim poderia alcançar mais cidades e países com o evangelho, fazia parte do ensino básico do apóstolo. Ler por exemplo 2 Co 8:1-5.

Não importa o tamanho da nossa doação, e sim, procurar a vontade de Deus a respeito da nossa renda, isto é, sustentar regularmente e fielmente a obra dEle com nosso dinheiro. Quem aprender a doar do seu pequeno salário, sendo estudante por exemplo, também consegue oferecer da sua maior renda como profissional. Quem não aprender na época estudantil quase nunca vai começar a separar o dízimo para possibilitar a extensão do Reino e Deus.

VII - Conclusão

Quem descobriu a visão universal da Bíblia e o desejo de Deus de encaixá-la na nossa vida devocional e profissional, mostra espontaneamente a atitude missionária do dia- a-dia. Ele não precisa ser lembrado do desafio universal através de certos eventos missionários, porque sua vida já reflete

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