segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Plantando Igrejas Orgânicas: Princípios Antigos para um Mundo Pós-moderno

Paul Kaak and Neil Cole




As palavras que temos ouvido nas ruas das cidades é que as pessoas estão cansadas da religião organizada. Ao invés, elas estão ansiando por conexões genuínas com “o supernatural” e com a comunidade de amigos.

As típicas respostas providas pela igreja não chegam nem perto das pessoas em nossa cultura pós-moderna. A igreja diz: “Olha... venha para os nossos encontros. Daremos a vocês um bom culto, vocês ouvirão alguém falar a respeito de algum tópico religioso. Depois de terminar o programa você pode ir para casa”.

“Muito obrigado,” dizem as pessoas, “preferimos ficar em casa”.

À luz disso tudo, talvez tenhamos de pensar em levar a igreja ao povo e não o povo a igreja. Talvez tenhamos de pensar em plantar igrejas onde o povo mora e então cooperar com Deus enquanto ele produz o crescimento.

A igreja orgânica é uma tentativa de fazer justamente isso. É baseada na crença de que as coisas vivas crescem naturalmente. É baseada na convicção que as coisas do “reino” são coisas orgânicas – elas começam pequenas e eventualmente reproduzem. Plantadores de igrejas orgânicas não pensam em plantar igrejas. Eles pensam mais como o Ap. Paulo – “igrejando” uma região. Enquanto que as igrejas que seguem os princípios orgânicos frequentemente se reúnem em casas, elas não são – por definição – atraídas a prédios, sejam quais forem os tipos de prédios.

Plantadores orgânicos de igreja vê como boas novas os campos brancos para a ceifa. Assim, ao invés de iniciar “no celeiro”, eles trabalham onde os pessoas perdidas se encontram. Eles plantam a semente do evangelho nos arredores da comunidade. E, assim como um fazendeiro orgânico, com grande variedade de plantações, eles podem iniciar várias igrejas ao mesmo tempo. De fato, quando a plantação orgânica de igrejas está acontecendo, as coisas podem se multiplicar em vários níveis: de discípulos a líderes; de igrejas a movimentos.

Liderar um projeto de plantação orgânica de igrejas não é para qualquer um. É para aquelas pessoas interessadas em empoderar outros e não para trabalho empregatício. É para aqueles desejos de abandonar o púlpito a fim de preparar lideres comunitários. É para pessoas desejosas de levar os discípulos para onde as pessoas perdidas estão ao invés de organizar eventos que atraiam os perdidos para virem a eles. É para líderes que ouvem a Deus, descobrem o que ele está fazendo e juntam-se a ele versus fazer planos e pedir para Deus abençoar. É para pessoas que em amor vão supervisionar um conglomerado de igrejas ao invés de pastorear uma simples congregação.

Por outro lado, plantar uma igreja orgânica pode ser para qualquer pessoa. Assim que o corpo de Cristo é ativado e enviado para a colheita, a simplicidade e a liberdade encontradas em deixar Jesus construir sua igreja é uma das grandes alegrias da vida. Isso constrói confiança, aprofunda a compaixão, normaliza o evangelismo, dá vida á oração, e resulta numa poderosa integração da vida com a fé. Quando os crentes comuns participam de uma equipe de plantação orgânica, o potencial para um ministério frutífero é tremendo.

A igreja orgânica é tão velha quanto a igreja primitiva que se reunia nas casas. Todavia, para muitos de nós isso é uma coisa nova. Esses dias estamos vendo mudanças globais de grandes proporções e é muito apropriado retornarmos às nossas raízes como crentes. Os missionários nos mostraram o caminho no passado, mas isso pode acontecer hoje para a glória de Deus e a alegria de todos os povos.

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