quarta-feira, 30 de junho de 2010

Somos diferentes


Fala Galera,

Sabe quando temos aqueles amigos que surfam juntos? É muito bom ter a companhia daqueles parceiros de surf. Os parceiros que viajam com você, que compartilham as barcas, as roubadas, que passam fome juntos quando a grana aperta, que vibra quando você pega um tubasso. Ter amigos que são íntimos, que compartilham as alegrias e tristezas e que ficam sempre criticando a nossa última manobra.

Sabe aquela situação em que você pega uma boa onda e manda aquela manobra que você está treinando. Quando você volta ao outside e pergunta ao parceiro se foi legal, se descolou, ele diz: “cara, ta fraquinho ó, ta mandando feio a parada!” Dá vontade de voar no pescoço do amigo. (rsrsrs) Quem passou sua adolescência no mar surfando com os amigos entende bem esse tipo de situação. Um tentando levar o outro ao limite, ao extremo. Muitas vezes porque queremos que o outro surfe semelhantemente ao nosso estilo, a nossa forma “certa” de surfar. Temos sempre a tendência a achar que o nosso jeito é o correto, é o perfeito.

Semelhante a nossa experiência com o surfe, onde temos o desejo de crescer e de ajudar o amigo na evolução, fazemos no nosso dia a dia, na nossa vida, algo parecido.

Muitas vezes, queremos que as pessoas ao nosso redor “funcionem” semelhantemente a nossa forma de ser e agir. Queremos que as pessoas tenham o mesmo ritmo, o mesmo pique. Queremos que elas façam as coisas da forma “correta” de fazer porque achamos que a nossa forma é a perfeita.

Vemos muito isso em casamentos ou relacionamentos onde dividimos a mesma moradia. Há sempre um choque de vidas, de costumes, de hábitos e rotinas. Sempre nos levantamos dizendo que nossa forma é a certa e ficamos olhando os outros como se eles fossem os errados.

Também percebemos isso no ambiente de trabalho, nas universidades, nas escolas. Muitos querem que todos “funcionem” como se fossem produzidos em série e julgamos as pessoas como certas e as erradas. O parâmetro para dizer o que é certo e errado geralmente é o nosso, ou seja, a forma que fomos criados e educados.

Não temos o direito de julgar as pessoas, não temos o direito de dizer quem é certo e errado. Nossa forma de viver não é a mais perfeita e você já parou para perceber que talvez pessoas olhem para você e achem que seu jeito é errado, que sua forma de vida é errada, é tosca?


Jesus falou certa vez que não devemos julgar os outros. Ele falou assim: “Um cego não pode guiar outro cego. Se fizer isso, os dois cairão num buraco. Nenhum aluno é mais importante do que o seu professor. Porém, quando tiver terminado os estudos, o aluno ficará igual ao seu professor.” (Evangelho de Lucas, capítulo 6, versículos 39 e 40)

Não temos o direito de dizer quem está certo ou errado. Só existe uma coisa que podemos fazer em termos de relacionamento: Amar. Somos seres humanos e temos na nossa essência a necessidade de se relacionar, de amar. Não existem pessoas erradas, existem pessoas diferentes.

A cada um de nós, cabe somente amar e buscar expressar o amor do Criador das Ondas que há em nós. Esse amor é que transforma, esse amor é que supre a falta de Deus que existe na vida de alguém. Esse amor é que faz as pessoas terem uma leitura diferente da vida. Esse amor é que faz cada pessoa que é tocada por ele encontrar em Jesus o referencial para a vida, para sua caminhada.

Busque esse amor e você encontrará um sentido muito maior para sua vida e para os seus relacionamentos.

Boas Ondas,

Por: Carlos Bezerra / Surfbeat Surfshop / Pena

2 comentários:

L30 disse...

É a pura verdade viver olhando os defeitos dos outros pq vc se acha perfeito é maior bobeira. Muitas vezes ja fui assim mas faz tempo que to em outra vibe e todos temos que viver sendo o amor e nao segundo as regras ou costumes nossos.

♪♫ Natássia Maia ♪♫ disse...

carlos..deixei um selo p/vc no meu blog, ta?? ^^
bjooooo!!! amei o post! :D

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