Fala Galera,
Não há nada como ser surfista, como possuir esse estilo alucinante que nos acompanha por toda a vida. Cada fase possui suas
particularidades, seus momentos especiais.
Todos os veteranos já passaram pela fase do básico, ou seja, aprender as
primeiras manobras, o drop, varar a arrebentação. Das primeiras trips, do rip
afiado, muitos passaram por dilemas na hora de conciliar a vida profissional
com o surf, outros conseguiram conciliar.
A questão é que, muitas vezes, passamos por nossos dilemas
mas não paramos para perceber o quanto deixamos de fazer pelo nosso esporte,
pelo nosso estilo de vida. Na maioria das vezes estamos focamos na nossa
carreira, no nosso surf e não nos importamos com o restante.
Não percebemos que o surf depende dos veteranos e de todos
os que surfam. Acabamos não retribuindo o que esse estilo de vida nos
proporciona ou proporcionou. Estamos tão preocupados com nossos próprios
dilemas que não paramos para refletir sobre isso.
Lógico que existem guerreiros que encaram esse desafio das
mais variadas formas. Muitos são os que se preocupam com a base do esporte.
Escolinhas beneficentes existem por todo o nosso litoral
brasileiro. Muitos envolvidos em ONG´s e ações sociais que ajudam comunidades
que possuem o surf como ferramenta de inclusão social. Alguns, anonimamente,
fazem a diferença no outside ajudando um moleque que está começando a perceber
a ética de quem surfa. Reclamamos da galera iniciante que não respeita a prioridade
nas ondas mas nos omitimos em “apadrinhar” um moleque desse como muitos fizeram
conosco quando começamos a surfar. O universo de ação é muito grande e precisamos parar e nos perguntar onde podemos ajudar a mudar essa realidade.
Está mais que na hora de todos nós que fazemos parte desse
estilo de vida começar a perceber que o futuro do surf terá a cara do que nós
fizemos por ele. A omissão poderá ofuscar a beleza do espírito soul surf.
Precisamos retribuir o sal que circula em nossas veias durante os anos.
Essa missão é somente nossa!
Boas Ondas
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