segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Seja você mesmo!

Fala Galera,

Dias desses estava observando a molecada surfando. É impressionante como o surf está massificado. O moleque com poucos messes já manda manobras alucinantes devido a tecnologia das pranchas aliado também aos vídeos digitais, câmeras HD e tudo mais que acaba servindo de reforço para aperfeiçoamento do surf.

Apesar de muitos quebrarem, é impressionante como poucos se destacam. E por que será? Quando paro para perceber, vejo que, os surfistas que se destacam possuem um identidade de ser, uma forma de surfar, um estilo próprio.

Estilo, essa é a palavra que define um bom surfista, um surfista competitivo com boas possibilidades de construir uma carreira promissora.

O que acontece com a maioria é que acabam surfando bem, mas imitando o surf de outros, o estilo de outros. Imitar o estilo de outra pessoa faz com que percamos a identidade e acabamos sem expressão, pois não somos nós mesmos que estamos surfando, mas um gesto, um ato mecânico que pode impressionar os menos experientes.

Na vida acontecem situações semelhantes. Muitos acabam imitando outras pessoas, querendo ser outra pessoa ao invés de buscar sua identidade.

Perseguimos o sucesso do executivo tal, pois ele está nas capas de todas as revistas especializadas. Ou então as meninas querem ser a modelo tal ou a personagem tal. Queremos nos apoderar do estilo e da forma de ser dos outros. Acabamos deixando de nos conhecer, de perceber que somos únicos e que possuímos qualidades singulares.

Vivemos uma vida “fake”, queremos ser o fulano ou a fulana popular. Os sonhos dos outros se transformam em nossos sonhos. Os desejos que a mídia coloca se transformam em nossos desejos. Perdemos nossa identidade, nos tornamos descartáveis.

Perceba que você é único, você possui qualidades e desejos próprios. Não deixe de se conhecer. Questione o que tem motivado sua vida. São seus sonhos ou os sonhos de outros. Com o que você tem gasto sua vida? O seu dinheiro tem servido para o que? Para enriquecer os sonhos de consumos do mercado ou suas reais necessidades existenciais?

Pare e olhe ao seu redor, veja como todos correm de um lado para o outro, muitas vezes, sem saber que são mortais, que a vida vai passar e que o que estão correndo é vazio. A vida precisa ser vivida com equilíbrio. Precisamos construir nossa carreira, nossa caminhada, mas, se vendermos nossa alma para o mercado, acabaremos sem entender o que fizemos de nós mesmos. Reflitamos sobre nossas vidas. Todo dia é dia para fazermos essa avaliação.

Boas Ondas

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